Segundo Lília Schwarcz, as identidades são construções sociais, poderosos marcadores sociais de diferença que operam sempre de maneira relacional e nunca absoluta. Ou seja, identidades são definidas por contraste, apresentando-se por oposição a outras categorias de referência.
Esta ideia, originária do pioneirismo de Frederik Barth, é o fio condutor desta reflexão.
Aqui, a proposta é não somente trazer e problematizar esta perspectiva relacional, mas adicionar a ela uma leitura das identidades como sistema semiótico (no sentido dado por Roland Barthes aos mitos), na medida em que, conforme Kwame Appiah, elas se valem de rótulos (palavras) para existirem. Também, tomando a ideia de "comunidades imaginadas", de Benedit Anderson, proponho uma leitura das identidades estreitamente vinculadas ao imaginário, fato que lhes confere consistência e força.
As referências bibliográficas utilizadas neste episódio estão na página do Antropocast: https://fredlucio.net/antropocast
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