Porquê afro-lusitano, Alice?

Entrevistas BANTUMEN

Sep 18 2023 • 21 mins

Falámos pela primeira vez com Alice Costa no final de 2020, depois da sua aparição num programa de televisão do canal português português SIC, onde, vestida com uma farda do exército português, interpretou de forma estonteante a música “Foi Deus”, um fado de Amália Rodrigues.

Hoje, passado quase três anos, Alice é das artistas de música portuguesa mais promissoras dos últimos tempos, que ganhou maior destaque entre comunidade negra em Portugal e na diáspora depois do lançamento do single “Sombra”, onde a artista introduziu-nos ao afro-lusitano, uma fusão do fado com as sonoridades do afro-beat, kizomba e amapiano.

Alice nasceu e cresceu em Marvila, Lisboa, é filha de pais guineeses e esteve no exército português por mais de seis anos. Agora, fora dos compromissos com a Orquestra Ligeira do Exército, juntou-se à produtora Kavi Music para dar asas à sua carreira musical, que já conta com pelo menos dez anos.

A artista tem duas faixas bem orelhudas nas plataformas de streaming, “Sombras” e “Sonhava”, e algumas colaborações, com destaque para “Nha Nome”, do DJ Buruntuma e “Plano, de Mandas, também DJ.

Nesta entrevista, Eddie Pipocas mergulhou no mundo musical da artista e explorou os seus primeiros passos enquanto cantora e a transição do serviço militar para os palcos a solo. Ao longo da conversa, Alice explicou o que é o estilo afro-lusitano, com o qual quer redefinir fronteiras musicais.