A Beleza das Pequenas Coisas

Expresso

Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser read less
Society & CultureSociety & Culture

Episodes

Raquel Freire (parte 2): “Sou uma radical do amor. É através do amor que vivo, que me exprimo, e é a luz que me guia em todas as minhas acções”
Apr 11 2024
Raquel Freire (parte 2): “Sou uma radical do amor. É através do amor que vivo, que me exprimo, e é a luz que me guia em todas as minhas acções”
Na segunda parte deste episódio, a cineasta Raquel Freire responde emocionada ao testemunho do irmão Vasco. Qual a sua próxima revolução? Quais são as revoluções que importa fazer agora nos 50 anos do 25 de abril? Raquel Freire partilha como enfrentou a doença oncológica que descobriu ter no final do ano passado, deixa um elogio ao SNS e conta como superou o medo, com o apoio do irmão, da família e das suas amizades. “A todas as pessoas que passam ou que um dia passarem por isto, não se isolem”, afirma. Raquel repete com a escritora, poetisa e ativista Maya Angelou a frase “Não trocaria esta jornada por nada.” Mas Raquel acredita que é possível criar mundos novos com o cinema e planeia filmar até aos 100 anos. Raquel Freire conta ainda aqui um pouco do que poderá ser visto no filme e série “Mulheres de Abril”, com estreia marcada para 2025, que acaba de receber o apoio do ICA. E ainda partilha as músicas que a acompanham, lê um excerto do livro “Tudo do amor”, de Bell Hooks, e outro texto de Audre Lorde, que tem sido um mantra para si: “Quero viver o resto da minha vida, seja ela longa ou curta, com o máximo de gentileza que conseguir gerir decentemente, amando todas as pessoas que amo e fazendo o máximo que puder do trabalho que ainda tenho para fazer. Vou escrever fogo até que ele saia dos meus ouvidos, dos meus olhos, do meu nariz - de todo o lado. Até que seja cada respiração minha. Vou-me libertar como um maldito meteoro!” Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Alexandra Lucas Coelho (parte 2): “Escrevo contra todo o tipo de fronteiras. Viver é uma luta de libertação. Somos todos florestas densas e vastas e tantas vezes vêem em nós apenas uma árvore”
Mar 1 2024
Alexandra Lucas Coelho (parte 2): “Escrevo contra todo o tipo de fronteiras. Viver é uma luta de libertação. Somos todos florestas densas e vastas e tantas vezes vêem em nós apenas uma árvore”
Na segunda parte deste podcast, Alexandra responde ao seu editor Zeferino Coelho, fala sobre os seus romances, que são de um género sem género, e como para si escrever e viver “é uma luta de libertação”. A escritora assume que não lhe interessa ir ao encontro do que os outros esperam dela. “Quando respondermos às expectativas dos outros estaremos a fazer o nosso pior trabalho. Só há uma vida. E é sagrada. E deve ser vivida em toda a liberdade. Não fiquem presos às expectativas de ninguém. As florestas são vastas e densas. E preciosas são as pessoas que não só não esperam de nós o que fizemos e veem em nós o que ainda não fizemos e não vimos.” Alexandra dá-nos a ouvir algumas das músicas que acompanham este seu “Oriente Próximo”, lê um poema poderoso de Uri Orlev, poeta judeu sobrevivente do Holocausto - dá-nos conta de uma inexplicável coincidência de datas que se apercebeu no carro a caminho desta entrevista que passou a dar outros ecos à poesia de Uri - e ainda lê um excerto da sua autoria sobre uma festa de hip hop num cenário de ataques e bombas. E agora que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, e nos aproximamos das votações legislativas, Alexandra revela o que mais admira nesta nova geração, que não encontrou na sua, o que espera do novo governo, o que deseja para o país e o que importa celebrar, recordar e melhorar na nossa democracia. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Episódio especial com Lela, a madame das noites picantes de um dos mais antigos bares de alterne lisboetas: "Esta vida é um romance"
Jan 12 2024
Episódio especial com Lela, a madame das noites picantes de um dos mais antigos bares de alterne lisboetas: "Esta vida é um romance"
Neste episódio especial vamos recuar ainda mais no tempo, aos primórdios deste podcast, mais precisamente a junho de 2016 quando entrámos no mais antigo bar de alterne lisboeta, o Piri-Piri, dispostos a deixar os preconceitos à porta - ou pelo menos tentar - para entrevistar Maria Amélia, por todos chamada de Lela, a dona daquele lugar boémio que há 81 anos conta parte da história da capital. Um bar que serviu durante décadas companhia, marotice, mas “não sexo”, como Lela fez questão de frisar nesta conversa, porque o seu negócio sempre foi o da bebida. Neste podcast, a ‘madame’ desconstrói algumas ideias feitas sobre espaços como este e, no caso dela, garante ter sido sempre mulher de um homem só. Diz que o melhor do seu dia é chegar a casa e ter um jantar feito pelo seu marido, regado com um bom vinho branco gelado. Monogamias e romantismos aparte, Lela juntou ao cocktail desta conversa uma boa dose de malícia e humor, sem falsos moralismos, ao revelar o jogo da casa e as manhas e os segredos desta pequena barca do prazer, com vocação de confessionário, situada no número 61 da Rua da Glória, junto à Praça da Alegria, onde o inferno é estar só. Atualmente com 65 anos, Lela continua a orgulhar-se de ser “a madame das noites picantes” ou “a cigana da praça da alegria”.See omnystudio.com/listener for privacy information.