No último mês de maio a discussão sobre os limites do humor tomaram as redes depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o comediante Léo Lins deletasse uma apresentação, já com 3 milhões de acessos, do seu canal no Youtube. O show, de acordo com a justiça, continha piadas depreciativas contra minorias da sociedade. Se você escutou o episódio 73 do nosso podcast, já sabe que o humor é um aspecto vital da cultura judaica. Historicamente o povo judeu é conhecido por usar esse dispositivo, eu diria, até como forma de sobrevivência. Rir de si mesmo acabou se tornando uma característica judaica, de Freud a Amy Sherman-Palladino. Mas qual os limites desse humor, mesmo dentro do humor autodepreciativo, quando se fala em fazer piada de minorias? Nossa convidada é Rosana Hermann, jornalista, humorista, roteirista, física, mãe da Anita Efraim e bloqueada pelo Boninho no Twitter. Apresentação: Amanda Hatzyrah e João Torquato.

Muita gente QUER achar um relacionamento. Pra isso, as pessoas usam as ferramentas que tem. Alguns usam aplicativos, outros pedem ajuda pra amigos em comum... E tem gente que decide contratar o serviço de uma casamenteira. Quem vive dentro de comunidades mais fechadas, como é o caso da comunidade judaica, pode querer encontrar um parceiro, ou uma parceira, que faça parte desse mesmo grupo. E aí, esse recurso de achar um parceiro por meio de uma casamenteira passa a fazer mais sentido. E será que pra todo judeu no mundo, tem outro judeu parecido com quem se possa entrar um relacionamento? É sobre um pouco disso tudo que fala a série da Netflix, Casamento à moda judaica - ou Jewish Matchmaking, da Netflix. Pra bater um papo sobre essa série, convidamos Ângela Goldstein, podcaster no Torá com Fritas. Apresentação: Amanda Hatzyrah e Anita Efraim

No dia 13 de maio é comemorado o dia da abolição da escravidão no Brasil depois de quase 400 anos de um dos processos mais brutais de escravidão na história da humanidade. Mas apesar de uma abolição formal, até os dias de hoje, mais de 130 anos depois desse processo, o povo negro ainda luta por uma abolição que ainda não aconteceu. Mas o que aconteceu após 13 de maio de 1888? Pouco se fala sobre o período seguinte após a abolição, como diz o cantor Lazzo Matumbi “No dia 14 de maio saí por aí, não tinha trabalho, nem casa, nem pra onde ir”. E pra conversar com a gente, nós convidamos o professor Ramatis Jacino, que é docente da Universidade Federal do ABC. Seu foco de pesquisa é o período de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, como os ex-escravizados sobreviviam no novo modelo econômico e como aquela sociedade em construção se comportava em relação aos negros oriundos do cativeiro. Apresentação: Amanda Hatzyrah e João Torquato.

Se você está acompanhando o noticiário no último mês, tem visto que a situação em Israel nesse período não está fácil. Manifestações em todo o país, acirram o conflito com grupos fundamentalistas islâmicos, e nesta última semana vimos disparos de mísseis vindo de Gaza contra Israel. No ano em que Israel completa o seu 75º aniversário,o país vive um turbilhão de emoções a cada dia, mas o que levou ao acirramento do conflito nessa última semana? E o que vem pela frente? Nosso convidado é João Miragaya, que mora em Israel, é escritor e editor do site Conexão Israel e apresenta o  Podcast Do Lado Esquerdo do Muro. Apresentação: João Torquato e Anita Efraim.

Talvez, quando você abre um questionário e aparece a pergunta “religião”, você vá preencher aquele campo vazio com "judeu/judia". Mas, ao mesmo tempo, se você tentar entrar em determinadas sinagogas na cidade de São Paulo, será barrado, porque, pra eles, você nã é judeu “DE VERDADE”. Mas quem pode dizer o que é, de fato, ser judeu “DE VERDADE”? A gente tem hoje várias perguntas: O judaísmo é uma religião ou uma cultura mais ampla? Os judeus são um povo ou um grupo religioso? Mas eu não vou prometer que a gente vai responder todas. Talvez a gente não responda nenhuma, inclusive. Nossa convidada é Andrea Kogan, doutora em Ciências da Religião, com foco em estudos em judaísmo contemporâneo, que pesquisa as intersecções entre judaísmo e outros tipos de espiritualidade e investiga as origens deste fenômeno.  Apresentação: Anita Efraim e Amanda Hatzyrah

No último episódio, falamos sobre os 75 anos de Israel, um dos aniversários mais marcantes do país, que vive uma grande tensão social. Refletimos principalmente sobre a pergunta: que Israel queremos para o futuro? No episódio de hoje, vamos voltar alguns passos e olhar para o passado de Israel a contrapelo: suas transformações políticas, socioeconômicas e os desafios internos e externos dos últimos 75 anos até as atuais ameaças à democracia do estado judeu. Quem conversa com a gente é o Michel Gherman, Assessor acadêmico do IBI, professor de Sociologia da UFRJ, pesquisador do Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém e coordenador do NIEJ (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos), da UFRJ. Apresentação: João Torquato e Amanda Hatzyrah

Essa quarta-feira, 26 de abril, é dia 5 de Iyar do calendário judaico. Isso significa que, nessa data, Israel completa 75 anos. É um aniversário marcante, em um período em que o país vive grande tensão social, mas, acima de tudo, um grande dilema sobre o futuro. A pergunta que a gente tenta responder hoje, nesse dia em que Israel completa 75 anos é: que futuro queremos para o Estado Judeu? Nosso convidado é Daniel Douek, cientista social, Mestre em Letras pelo programa de Estudos Judaicos e Árabes da USP e assessor especial do IBI. Apresentação: Anita Efraim e João Torquato.

Tem sido cada vez mais comum a gente trazer no podcast temas que sejam interseccionais - ou seja, que falei sobre a nossa judeidade, mas que tenham relação com outras pauta identitárias. Aí, a gente viu que a Netflix lançou um filme sobre isso. E a gente decidiu assistir pra conversar sobre. O filme que a gente assistiu chama “Certas Pessoas” e conta a história de um casal formado por um homem judeus e uma mulher negra. Hoje, o papo é entre os três apresentador: Amanda Hatzyrah, João Torquato e Anita Efraim.

Recentemente, aconteceram dois episódios muito tristes em escolas brasileiras. Em São Paulo, um aluno entrou em uma escola estadual e cometeu um atentado utilizando uma  faca. Ele matou uma professora e deixou outras pessoas feridas. E em Blumenau, cidade do interior de Santa Catarina, quatro crianças foram mortas após um homem entrar em uma escola infantil. O que chama a atenção nesses atentados é a ligação dos atos nas escolas com discursos racistas, xenofóbicos e com forte influência de organizações neonazistas. Será que, efetivamente, tem alguma ligação entre esses atentados e o crescimento de grupos neonazistas no Brasil? Nosso convidado é Renato Levin-Borges, mais conhecido como Judz, que é professor de Filosofia licenciado e bacharel pela PUC-RS, mestre em Educação pela UFRGS e doutor pela mesma instituição. Apresentação: Anita Efraim e Amanda Hatzyrah.

Nesse 5 de abril, dia em que esse episódio do E eu com isso vai ao ar, começa a festa de Pessach. É a data em que lembramos a libertação do povo judeu do Egito, em que lembramos da luta de Moshé para tirar os seus da situação de escravidão. Ano a ano, esse marco é um convite para pensarmos na relevância do que é liberdade. Em 2023, nosso grande motivo para pensar em liberdade vem diretamente de Israel, onde a democracia tem sido suprimida por governantes, mas brilha nas ruas, com a marcha dos manifestantes. Nosso convidado é David Diesendruck, diretor do Instituto Brasil-Israel. DISCURSO DAVID: Assista aqui. ENTREVISTA YOSSI KLEIN HALEVI: Assista aqui. TEXTO RABINO URI LAM: Leia aqui.

Enquanto a situação interna de Israel fica cada dia mais tensa, o cenário internacional tampouco ajuda o país. Arábia Saudita e Irã normalizadas as relações e frustraram os planos de Benjamin Netanyahu de expandir os Acordos de Abraão. Pra falar sobre o xadrez do Oriente Médio e como Israel fica nesse cenário, nosso convidado hoje é Igor Sabino, doutor em Ciência Política, professor de Relações Internacionais do Ibmec Belo Horizonte, fellow do Philos Project e professor do Stand With Us.

Mesmo depois de 211 episódios, às vezes a gente volta pra mesma pergunta: faz sentido ter um podcast pra tratar de temas judaicos - desde o aspecto religioso até o cultural e comunitário? Quantas pessoas estão efetivamente interessadas nisso? A gente procura sempre dar voz para diversos tipos de grupos, correntes políticas, tipos de pessoas e sempre destacamos a pluralidade da comunidade judaica, mas qual é a importância de termos esses espaços que dê voz a uma comunidade? De falar com os nossos, para os nossos? Para conversar com a gente hoje nos convidamos o Rodrigo Mumu que é Diretor de Atendimento há 10 anos na Brave.ag, profissional de Marketing Digital há 17 anos, com mais de 50 prêmios na carreira. Formado em Marketing, Especialização em Marketing Digital. Fundador do BlackPeople, podcast focado em Diversidade e Cultura Negra. Apresentação: João Torquato e Anita Efraim

No dia 6 de março,  judeus e judias do mundo inteiro celebraram a festa de Purim. Um dos principais elementos de Purim, além da fantasia, é a bebida alcoólica e o estado de embriaguez como sinônimo de alegria e liberdade. Mas qual é a relação do judaísmo com a bebida? É possível preservar costumes e tradições sem incentivar comportamentos, muitas vezes, nocivos à saúde? Hoje convidamos o Uri Lam, formado em psicologia pela USP, Rabino da Congregação Israelita Beth-El e presidente do Conselho Rabínico Reformista do Brasil, e o Dr. Leandro Savoy, psiquiatra, especialista em Addictologia pela Universidade de Paris e coordenador da Clínica GAIA Saúde onde desenvolve atividades interdisciplinares para o tratamento de questões em saúde mental.

É complicado falar de Dia Internacional da Mulher sem cair em clichês. O que a gente insiste em dizer sempre é que não é um dia de comemoração, mas um dia de luta e de conscientização. E, não, a gente não falou disso o suficiente, o caminho ainda é longo. Hoje, a gente quer falar sobre ser mulher na comunidade judaica, o que mudou com a onda feminista que ganhou força em 2018 e o que ainda precisa mudar. Nossa convidada é Ruth Goldberg, diretora do Instituto Brasil-Israel e com passagens por diversas instituições da comunidade judaica, tanto como voluntária quanto como profissional, como Conib, Fisesp, Ary Max e outras. Apresentação: Anita Efraim e Amanda Hatzyrah.

Essa semana, a gente foi praticamente atropelado pelo noticiário em Israel. Se eu te dissesse agora que esse episódio estava programado com antecedência, estaria mentindo. Nessa quarta, sairia um episódio sobre Purim e daqui duas semanas, falávamos sobre Israel. Mas a realidade de impõe. Precisamos falar sobre a situação em Israel com urgência e é isso que a gente vai fazer hoje por aqui. A situação na Cisjordânia já era tensa e piorou no último domingo, dia 26 de fevereiro, com atentados terroristas de palestinos contra judeus e de colonos judeus contra palestinos. A gente volta a receber a jornalista e correspondente do IBI em Israel, Daniela Kresch. Apresentação: Anita Efraim e Amanda Hatzyrah.  Leia o texto de Daniela Kresch: UM POGROM ÀS VÉSPERAS DE UMA POSSÍVEL TERCEIRA INTIFADA

Grande parte dos jovens brasileiros que pretendem prestar ou já passou pelo processo, muitas vezes injusto, do vestibular, já procurou ou passou pelos famosos cursinhos pré-universitários, fossem eles privados ou populares. No Brasil existem milhares deles. Eu mesma já passei por um e dei aula em outros. Hoje, nós vamos falar sobre educação popular e sua relação com justiça social, um conceito super importante e caro ao judaísmo, portanto, tudo a ver com os temas que discutimos aqui no "E eu com isso?", o podcast do IBI. Nosso convidado hoje é o Felipe Schwartz, que é bacharel em Direito e administrador público, ex-madrich e co-fundador e voluntário do Cursinho Romã. Apresentação: Amanda Hatzyrah e João Torquato.

Você já viu os vídeos da campanha "Viver para contar, contar para viver"? Três sobreviventes do Holocausto contam histórias de opressão que poderiam muito bem ter acontecido com eles, mas não. Aconteceram com pessoas que são parte de outras minorias oprimidas. A campanha foi lançada perto do Dia Internacional do Holocausto e foi, provavelmente, um dos materiais mais emocionantes feitos quando o tema é shoá, o holocausto, e a atualidade. E por isso, nosso convidado hoje é o diretor Cao Hamburger, que foi quem dirigiu os vídeos dessa campanha. Apresentação: Anita Efraim e João Torquato Assista aos vídeos: Ruth Tarasantchi, Joshua Strul e Gabriel Waldman.

CUIDADO COM SPOILERS! Com certeza você deve ter assistido ou, pelo menos, já ouviu falar da série de TV Fauda. A gente inclusive já falou da série por aqui, no episódio 65. A série israelense tem ação, drama, suspense, espionagem e recentemente a quarta temporada da série chegou nas plataformas de streaming e, com isso, ganha um novo espaço no “E eu com isso?”, podcast do Instituto Brasil-Israel. Não são poucos os momentos em que ficamos tensos e temos a sensação de estarmos presenciando uma situação ao vivo. E como será que é a vida de pessoas que passaram por situações “estilo Fauda” na vida real?  Nosso convidado é Rony Rechtman, que foi Primeiro Sargento de Infantaria pela Brigada Guivati 2009-2011 Formado pelo Curso de Comandantes de Infantaria em 2010, atuando nas regiões de Beit Furik-Awarta - Nablus, na Cisjordânia, em Gaza na região de Nahal Oz-Kfar Aza e na região do Hermon.

Em 23 de julho de 1993, garimpeiros mataram 12 indígenas do povo yanomami, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O crime ficou conhecido como massacre de Haximu e foi nesse caso que o Brasil teve, pela primeira vez, pessoas acusadas do crime de genocídio. Dez anos depois, poucas coisas mudaram. Nossa ideia hoje não é entrar nos meandros do que é, pela lei, um genocídio. Mas entender o que de fato ocorre com o povo yanomami, cujas fotos chocaram o Brasil e o mundo recentemente. E por que tudo isso num podcast feito por uma instituição judaica? Porque a gente sabe onde o silêncio pode nos levar. Hoje nossa conversa é com Juliana de Paula Batista, advogada, mestre em direito e assessora jurídica do ISA, o Instituto Sócio Ambiental. Apresentação: Anita Efraim e João Torquato.

Dia 27 de janeiro é o dia instituído pela ONU como dia internacional em memória das vítimas do holocausto, um dia maiores genocídios da história, que ceifou a vida de milhões de judeus, LGBTs, entre outros grupos. Aqui no E eu com isso, já tivemos alguns episódios falando sobre o Holocausto e não sou poucas as menções em outros episódios. Mas quais são os impactos do ponto de vista da psicanálise de traumas tão profundos como esse? Nosso convidado é o professor e psicanalista Daniel Kupermann, que é Psicanalista, livre docente do IPUSP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo), Presidente do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi. Apresentação: Anita Efraim e João Torquato.