Arauto FM

Arauto FM

Do jeito que você sempre quis. Assim é a Arauto FM, que nasceu em novembro de 2011, em Vera Cruz, mas que rapidamente conquistou a audiência dos vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí. read less

No que pensamos quando o avião está caindo
3d ago
No que pensamos quando o avião está caindo
O avião, no fim das contas, não estava caindo. Mas pareceu — e não foi pouco. Ela, que viaja sempre pra lá e pra cá, nunca tinha perdido o ar com nenhuma turbulência. Nunca tinha ficado pálida e sem conseguir dizer absolutamente nada enquanto agarrava os braços da cadeira como quem agarra a própria vida. E seu marido, que nunca esboça grandes medos, ficou com as mãos automaticamente geladas e suadas, enquanto dizia “olha pra mim, respira, olha pra mim, fala comigo”, sem grande retorno por parte dela. Não, o avião não caiu. Mas quando parece que ele vai cair, flashes pulsam dentro das nossas cabeças. Nem sei se dá para dizer que passa um filme na nossa mente, porque entre o medo, a pressa e o próximo baque da turbulência, não dá tempo nem para um curta metragem. O que dá tempo é de ver rostos, pensar em pessoas e de sentir um medo absolutamente inédito. Quando o avião está caindo, não pensamos na fatura do cartão de crédito, nem nos pagamentos atrasados, nem na parcela do financiamento. Nenhum deles — normalmente tão presentes e valorizados no dia a dia — ousa dar as caras nesse momento tão delicado. Pelo contrário: eles nunca estiverem tão distantes assim, eles praticamente nem existem. Não pensamos também nos quilos a mais que carregamos nos quadris, na cintura e nos braços. Não se pensa no quão gordo supostamente se está, quando você acha que talvez aqueles sejam os seus últimos minutos. Ninguém amaldiçoa seu tamanho de calça, nem suas celulites, nem o seu culote quando o avião vai despencando do alto. Isso torna-se absolutamente irrelevante. Nesse momento não nos lembramos de dívidas de dinheiro, de relatórios atrasados, nem de planilhas de excel. Não pensamos nos riscos e nos amassados na lataria do carro, nem nos tributos que nos serão cobrados no mês que vem, nem no trânsito no fim da tarde. Tudo isso parece simplesmente nem existir. Quando o avião parece estar caindo, pensamos desesperadamente em pessoas. Nos nossos pais e nos nossos filhos. Pensamos naqueles que amamos. Vemos o rosto dos nossos irmãos e sobrinhos. Dos amigos. Dos nossos avós ou netos, consoante a fase da vida. Pensamos, acima de tudo, em Deus. Os que acreditaram nele a vida toda, os que tinham dúvidas a seu respeito e aqueles que têm toda certeza da sua inexistência. Todo mundo pensa em Deus quando o avião parece cair. Quando a aeronave ameaça despencar, ninguém consegue pensar em números: seja ele um preço, uma fatura, uma dívida, um peso na balança. Só pensamos em pessoas, e nada mais. Pensamos, neuroticamente e de forma apressada e confusa, em quem iríamos deixar, no que a nossa falta representaria e na dor mútua da ausência. No fundo, a gente só quer pedir aos céus o direito de permanecer para seguir amando e sendo amado. É curioso: as coisas que mais nos preocupam e nos tomam tempo no dia a dia são automaticamente esquecidas no momento mais grave da angústia. E as pessoas, que frequentemente são esquecidas durante os nossos dias, são as que aparecem, únicas e em destaque, perante a angústia da morte. Devemos mesmo estar fazendo tudo errado, não é? Na hora em que o avião cai, não dá pra avisar ninguém sobre seu valor, sua importância, seu protagonismo. E também não dá pra trabalhar em planilhas de excel. Façamos as nossas escolhas em vida. Autora: Ruth Manus
Vai valer a pena
5d ago
Vai valer a pena
Todo dia, de manhã, eu fico em dúvida se faço o leite com Nescau ou deixo os meus filhos fazerem por eles mesmos. É que eles adoram fazer, mas eu detesto ter que limpar. O que você tem a ver com essa história? Bom, pode ser que o Dudu derrube o chocolate e o leite no primeiro dia, no segundo, volte a derrubar no quarto e no quinto. Uma hora, porém, ele aprende e o acidente passa a ser só acidente mesmo. Nesse momento, terá aprendido algo para a vida inteira. Vale o trabalho de ter que limpar a sujeira dele? Quase tudo que aprendemos na vida e que repetiremos por muitas vezes não acertamos de primeira. Você bateu aprendendo a fazer baliza na autoescola e, mesmo com a carteira, deixou o carro morrer infinitas vezes - hoje, tudo isso é só acidente, é raro. No início, parece muito complexo e que nunca nos habituaremos. Acontece que nos acostumamos até com a falta de um parente querido. Somos feitos para aprender, agregar e nos acostumar. As conquistas demandam pagar o pedágio para ficar a lição. Apesar dessa realidade da vida, de tanto em tanto, preferimos acreditar que os próximos prêmios virão sem trabalho, sem renúncia, sem sacrifício. Loucura! Nunca funcionou assim. É tudo questão de matemática. Valem a pena três dias limpando leite para anos de independência. Vale a pena meia dúzia de meses de estudo por um cargo para a vida toda. Não podemos perder o senso de proporcionalidade. Aquilo que muito vale nessa vida, exigirá sempre dedicação e sacrifício de nossa parte. Mas vai valer a pena!
A diferença entre quem tem fé e quem não tem
6d ago
A diferença entre quem tem fé e quem não tem
Imagine que você pudesse assinar um contrato com Deus. Basicamente, constaria do acordo o seguinte: - Cláusula primeira: após 10 mil horas de estudo do bacharel, o contratado (Deus) se compromete a conceder ao contratante (você) o cargo almejado. Parágrafo único: fica facultado ao contratado substituir o prêmio por outro que se mostre melhor à história de vida do contratante, segundo os desígnios supremos do primeiro. Pergunto: você assinaria?  Pois é... aí, mora a diferença entre os que têm fé e os que não têm. Os primeiros assinam. Os segundos, não. Quando uma pessoa de fé se senta para estudar, ela tem certeza da aprovação. Talvez seja em um cargo diferente, talvez demore mais do que o esperado, talvez seja em um outro estado. Mas ela tem a certeza de que será aprovada no cargo, no momento e no local mais adequados à sua história de vida. E isso lhe dá paz e força para continuar disciplinadamente. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida aquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida àquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. O mesmo raciocínio vale para a vida sentimental e para as demais áreas da vida. O contrato diz: cuide de você mesmo, invista em suas belezas e bondades em todos os sentidos e eu providenciarei uma pessoa maravilhosa para você, na hora e no local certos.... Só quem tem fé vive assim. O descrente, ao não ver a luz, pensa que ela não existe. Mas aquele que crê tem a certeza das coisas que não se veem, confia, descansa e luta. Porque quem não tem fé vê a guerra. Mas quem tem fé vê a vitória, ainda que esteja no meio da guerra. Hoje, existem contratos em cima de sua mesa no mundo espiritual. Você pode decidir assiná-los ou não. Caso decida pelo sim, não se esqueça: cumpra sua parte do acordo e não se preocupe. Deus cumprirá a dele. Basta ter fé. Autor: Samer Agi
É hora da faxina
1w ago
É hora da faxina
De tempos em tempos precisamos olhar nossos armários com um olhar crítico. Para poder se desfazer de vez aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que vestimos, olhamos no espelho, confirmamos, mais uma vez, que não gostamos e guardamos de volta no armário. Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado. Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos. Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá por que. Um dia alguém me disse: “tudo o que não lhe serve mais e você mantêm guardado não lhe faz bem”. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe invade uma sensação de paz. Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais. Você tem um guarda-roupa desses no seu interior. Dê uma olhada séria no que anda guardando lá. Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora ideias, lembranças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam a força de viver. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus. Aqueles que só lhe procuram por conveniência. Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de ressentimentos, mágoas e desanimo. Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apoiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais. Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade. Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.
Orar não é perda de tempo
Mar 10 2023
Orar não é perda de tempo
Em 1070, na cidade de Madri, nasceu um simples agricultor que deixou um grande exemplo para nós: quando queremos, nada nos impede de chegar a Deus. Isidoro passou toda a sua vida na pobreza e humildade do trabalho duro no campo. De tão pobre que era, não tinha terras próprias para cultivar e, para que pudesse sustentar sua família, precisava oferecer seus trabalhos aos donos de terras da região. Um em particular se afeiçoou muito dele e contratou seus serviços de forma permanente. Mas a rotina ali era muito intensa. Debaixo de sol e de chuva, o campo precisava ser lavrado. Ainda assim, Isidoro dedicava grande parte do seu tempo ao que era mais importante. Não eram raras as vezes em que ele interrompia o que estava fazendo, ajoelhava-se e se punha a rezar, agradecendo a Deus pela saúde e disposição para o trabalho e oferecendo a Ele todo o bem que lhe provinha de seus esforços. Mas, por algum mistério, sua produção sempre superava os seus companheiros, que começaram a invejá-lo. "Esse aí é um rezador. Passa a manhã nas igrejas e sempre interrompe o trabalho para rezar..." , eles denunciavam ao dono das terras. Um dia, o patrão benevolente decidiu investigar a razão daquelas denúncias. Acordou mais cedo que o de costume e foi ao campo em segredo para ver o que se passava. Chegando lá, viu, como haviam dito, Isidoro de joelhos a rezar e, perto dele, dois outros sujeitos, os quais ele não conhecia. Indo até seu empregado, o patrão percebeu que os desconhecidos não estavam mais lá, haviam sumido - eram dois anjos. Todas as vezes que Isidoro parava para rezar, Deus enviava Seus santos anjos, que completavam o trabalho dele no campo. Hoje, conhecemos esse homem simples como Santo Isidoro Lavrador, e ele nos mostra que quando nós verdadeiramente O buscamos, Deus dispõe todas as coisas de forma a nos ajudar a chegar até Ele. Por mais intensa e difícil que seja a nossa rotina, precisamos destinar sempre o lugar de prioridade àquele que só pede de nós um pouco do nosso tempo e todo o nosso Amor. Rezar, orar, não é perda de tempo. Pelo contrário, quando destinamos tempo ao Senhor, Ele multiplica com a sua graça os nossos esforços e faz frutificar e florescer todas as áreas da nossa vida.